26/04/2011

Saudosas Bolachas (30/1973

pós-Tropicalismo, pós-Jovem Guarda


MARIA ALCINA

MARIA ALCINA(1973)


Cantora de voz grave ,diferenciada e marcante, mineira radicada no Rio. Maria Alcina surgiu no cenário musical durante o Festival Internacional da Canção de 1972 cantando Fio Maravilha (Jorge Benjor) encarnado o escracho, a loucura e o Não Estou Nem Ai, dos anos 70. Roupas multicoloridas e cabelo curto. Um visual impactante para a época.

Devido ao seu exotismo muitos a comparavam a Carmem Miranda.

Nos 70 o seu prestigioso sucesso a levou as gravadoras onde em 73 grava o seu primeiro album totalmente multifacetado como a sua cabeça pós-tropicalista.

Maria Alcina talvez seja a primeira musa Pós-Tropicalista do Brasil. Quem sabe?

Mulher rendeira(Zé do Norte)

Mamãe, coragem (Caetano Veloso - Torquato Neto)


VANUSA

VANUSA (1973)

Vanusa Santos Flores (Cruzeiro, SP, 1947) a Vanusa, cantora e compositora que nos 60 foi uma das musas da Jovem Guarda. Dona de uma voz forte e afinada Vanusa ao longo de sua carreira gravou 23 albuns e vendeu mais de um milhão de copias. Depois dos sucessos românticos da Jovem Guarda, Vanusa trabalhou em diversos programas de TV (Qual e a Musica?) o que a fez se afastar da musica.Porem em 73 ela, depois de 03 albuns no estilo Jovem Guarda, grava um disco voltado para a MPB. O disco tem a produção de Wilson Miranda e tem parcipação de Linconl Olivetti, o maestro Portinho e Elico Alvares, Zé Rodrix e a dupla Antonio Carlos e Jocafi.Outro album de 1973 que pavimentou mais e mais a estrada do pop brasileiro para as décadas seguintes.

manhãs de setembro ( Vanusa e Mário Campanha)

mercado modelo (Antônio Carlos - Jocafi - Ildázio Tavares)


EDUARDO ARAUJO

EDUARDO ARAUJO (1973)


Eduardo Araújo, cantor, guitarrista e compositor mineiro nascido em Joaíma, MG nos anos 40, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1960 e adolescente começa a fazer parte do programa de TV, o pioneiro, “Hoje é Dia de Rock”. Neste show conheceu Roberto Carlos, Tim Maia, Erasmo Carlos, Jorge Bem Jor, entre outros. Mas o principal contato foi com o produtor Carlos Imperial, um dos idealizadores da Jovem Guarda que sofrendo resistência da Velha Bossa Carioca que torcia o nariz para o rock levou sua trupe de artistas para a velha São Paulo onde conheceu o sucesso.Com uma curta passagem pela banda The Fevers, Eduardo em 1967 faz grande sucessos com a canção “O Bom”.... o hit que começa assim: “Meu carro é vermelho/não uso espelho pra me pentear... Pura Jovem Guarda.A musicalidade inquieta de Eduardo Araújo e sua voz rasgada lhe conferiu o posto de ídolo na crista da onda da Jovem Guarda.Com o fim da Jovem Guarda e a chegada dos anos 70 Eduardo entra de cabeça no psicodelismo e no rock progressivo.Em 73 ele grava este álbum trazendo reminiscências do rock e do blues, tendo um tom original em seu canto reli ciente.

Ao raiar de um novo dia (Fernando Netto - Eduardo Araújo)


O pingo d'água (Paulo Imperial)




ANTONIO MARCOS

ANTONIO MARCOS (1973)


Antonio Marcos (1945-1992) foi um cantor e compositor paulistano que surgiu no período da Jovem Guarda no fim dos anos 60. Sua voz afinada, forte e vibrante o possibilitou a ganhar diversos programas de calouros e a coloca-lo em programas de radio e TV. Alem da musica, o teatro o atraia também, e em 67 ele atuou no Teatro de Arena. Neste mesmo ano gravou seu primeiro album gravando canções românticas inspiradas no estilo de Roberto Carlos, do qual inclusive grava neste album inicial o hit “Tenho Um Amor Melhor Que o Seu” (Roberto e Erasmo Carlos). Seu primeiro album vendeu 300 mil copias e lhe pavimentou a estrada do sucesso. Antonio Marcos se tornou ídolo do período fim/pós Jovem Guarda. Sua imagem e sua vida eram exploradas pelos tabloides e o cantor misto de ídolo e galã habitava a capa de revistas.Em 73 ele gravou o seu quinto album levando apenas o seu nome, ao estilo de Roberto Carlos possivelmente. Neste album Antonio Marcos grava um dos maiores hits românticos dos anos 70, “Como Vai Voce” que fez em parceria com seu irmão Mario Marcos; e ainda, na mesma linha de hit dos anos 70, a religiosa “Homem de Nazareth” (Claudio Fontana). Quem viveu os anos 70, não pode ter esquecido da voz possante de Antonio Marcos cantando....”Mil Novecentos e Setenta e Tres/Tanto tempo que ele passou.....

O pop dos anos 70 deixando sinais na estrada aberta pelo Tropicalismo.


O homem de Nazareth (Cláudio Fontana)

Como vai você (Mário Marcos, Antônio Marcos)

Um comentário:

Lu Saharov disse...

QUERIDO, ADOREI ESSE NOVO LAYOUT DE SUAS POSAGENS, E, PARA OUVIR MARIA ALCINA...( ESSA DOIDA TÃO TALENTOSA) SÓ MESMO NO SEU BLOG! DELÍCIA!!!!!