28/10/2009

Saudosas Bolachas (16/1972)

ALCEU VALENÇA E GERALDO AZEVEDO
“QUADRAFÔNICO” (1972)

Geraldo Azevedo nasceu em Petrolina (1945) e desde pequeno tocava violão. Mudou-se para o Recife em 1959 onde começou a tocar num grupo chamado Construção, onde a cantora era Teca Calazans.
No circuito musical de Recife ele conheceu Naná Vasconcelos e Eliana Pitmann que o levou para tocar em sua banda no Rio de Janeiro.
No Rio ele integrou o “Quarteto Livre’ composto por Nelson Angelo, Naná Vasconcelos e Franklin. Durante este periodo rencontrou-se com seu amigo pernambucano Alceu Valença; juntos fizeram algumas musicas e participaram de um festival com a musica “78 Rotações”.
Alceu Valença nasceu em Sao Bento da Una (1946) e durante a infancia ouvia os cantadores de feira de sua cidade natal. No inicio da adolescência se mudou para o Recife onde começou a se ligar a musica urbana e a ouvir os primeiros rocks vindos do exterior.
Apesar de ligado a musica ele se formou em Direito em 1969, durante um ano dedicou-se a area de jornalismo e direito mas a musica falou mais alto. Em 1971 se muda para o Rio de Janeiro, onde se encontra com Geraldo Azevedo, e os dois formam uma curta parceria que os ajudaria a projeta-los no cenário musical brasileiro.
Os dois gravam “Quadrafonico” com composições próprias e onde deixam transparecer toda a musicalidade pernambucana (xotes, baiões, maracatus e frevos) misturado ao rock e ao psicodelismo. Para ajuda-los nesta incursão, foram providenciais, os arranjos de Rogerio Duprat (maestro ligado ao Tropicalismo dos anos 60).
“Quadrafônico” ė um bombom psicodėlico recheado com coco nordestino. Uma delícia do principio ao fim; trazendo a suavidade pastoral do canto de Geraldo Azevedo e a acidez paralelepídica de Alceu Valença.
Estavamos em 1972. Diana me de um talismã. Viajar.


Planetário (Alceu Valença/Geraldo Azevedo)




Talismã (Alceu Valença/Geraldo Azevedo)

5 comentários:

Érico Cordeiro disse...

Mr. Paul,
Mais uma vez, seu baú de histórias e lembranças nos traz discos fantásticos.
Alceu é um mestre - é o único da leva de cantores/compositores nordestinos dos anos 70 que continua desafiador, inquieto, fazendo grandes canções ou fantásticas releituras de uma obra extensa e de qualidade elevadíssima (o novo Ciranda Mourisca é assim).
Abração!

Paul Constantinides disse...

gracias Erico
teu blog tbm traz coisas sempre incriveis, viu?
vc ali e nos aqui..risos
Alceu e Geraldo fizeram um belo registro em 72...
alem de Alceu , ha sem duvida o Ze Ramalho , Ednardo e mais e tal...belezas resplandecentes.

obrigado pelo comentario.
abs
paul

pituco disse...

grande paul,

resgate bacanudo mesmo...discaço de prima...agora bateu a vontade de ouvi-lo novamente inteiro...rs

pôxa,lembrei-me de um lp do ednardo que tinha aquela canção piramidal...arrepare não, mas enquanto engomo a calça eu vou lhe contar/uma estória bem curtinha fácil de cantar...

e não podemos esquecer o belchior e fagner, não é verdade?

abraçsons pacíficos

Paul Constantinides disse...

grande pituco
ontem ouvi o disco inteiro,...eh muito bom mesmo...
eh isto ai.
valeu o comentario pituco.
espero q tudo tenha rolado bem naquele festival q vc participou...
aguardo noticias no seu blog.
abs
paul

Érico Cordeiro disse...

Aí, Pituco-San,
Transmimento de pensassão?
Pois ontem ouvia Ednardo e o Pessoal do Ceará - disco bacanudo, que tem Terral, Cavalo Ferro, Ingazeiras, Palmas prá dar Ibope e outros clássicos.
Taí a sugestão pro saudosas bolachas (e eternas também)!!!