12/05/2010

Saudosas Bolachas ( 11 /73)

divas de 73


CARMEM COSTA

“30 ANOS DEPOIS” (1973)


Carmem Costa (1920-2007), cantora carioca de grande expressão. Voz sentimental e pronunciadamente envolvente. De origem humilde, aos 15 anos de idade tornou-se empregada doméstica, justamente, do cantor Francisco Alves que se impressionou ao ouvi-la cantarolar enquanto trabalhava. Insistiu que a jovem cantasse uma canção, diante de seus amigos numa festa em sua casa. Entre os convidados estava Carmem Miranda que concordando com Francisco Alves ajudou a empregada doméstica se tornar cantora.

Sua primeira gravação se deu em 1943, com a gravação de “Esta Chegando a Hora” (versão da mexicana “Cielito Lindo”). Casou-se com um norte-americano e viveu nos Estados Unidos até 1950. Depois, de volta ao Brasil, teve um caso com o compositor Mirabeu Pinheiro com que produzu vários sambas como a popular “Cachaça Não é Agua” e o samba-canção , auto biográfico, “Eu Sou a Outra”.

Em 1973 ela gravou um album, regravando velhos sucessos para comemorar os 30 anos de sua carreira.

Confira a grandeza desta bela cantora.


“Quase”

“A Outra”




CLARA NUNES

CLARA NUNES (1973)


Clara Nunes (1943-1983) foi a cantora mineira com voz expressiva e afinada nos anos 50q radicou-se no Rio de Janeiro como cantora de boleros; e veio, no fim dos anos 60 a se tornar uma cantora de samba extremamente talentosa e popular .

Em 1973, Clara chegava ao sexto album de sua carreira, sendo o terceiro dedicado ao samba.

Dos três discos gravados entre 66 a 69 (dedicados ao bolero) ela vendera um total de 18 mil cópias. Com os três primeiros dedicados ao samba, incluindo do de 73, ele alcançava o patamar de 600.000 discos vendidos.

Clara tinha a capacidade de apropriar-se dos sambas que cantava com uma facilidade e uma tenacidade impressionante. O tom dramático aprendido na escola do bolero caiu bem na grande eloqüência dos sambas enredos que abraçava, nas grandes composições de Cartola, no gingado aprendido e agraciado em sua voz e corpo de forma preciosa.

Clara em 73 clareava o mundo.


Tristeza Pe no Chao (Armando Fernandes "Mamao")

Quando Vim de Minas (Xango da Mangueira)

É Doce Morrer no Mar (Dorival Caymmi)





DALVA DE OLIVEIRA

DALVA (1973)


Dalva de Oliveira (1917-1972) cantora marcante do Brasil. Entre os anos 30 e 50 foi uma das cantoras mais populares do Brasil. Viveu um romance conturbado com o compositor Herivelto Martins do qual a união gerou Ubiratan Martins e Perry Ribeiro (cantor renomado).


Após seu falecimento, em 1972, a gravadora RGE lança um album inédito da cantora, de um recital dado no Teatro Senac. São belas reinterpretações de velhos sucessos desta grande cantora em um dos últimos momentos de sua vida.


Ave Maria No Morro (Herivelto Martins)




EVINHA

EVINHA (1973)


Evinha, dona de uma voz graciosa, suave, frágil e afinada é uma cantora brasileira que durante os anos 60 fez parte do Trio Esperança, um grupo de grande sucesso popular que misturava em seu repertório canções da Jovem Guarda e versões de canções pops americanas e européias. Evinha deixou o trio em 68 e de cara ganha o 4. Festival Internacional da Canção com a suave “Cantgiga por Luciana” (Edmundo Souto/Paulinho Tapajos) com uma interpretação delicada e sentimental.

Em 73 ela chegava ao seu segundo album de carreira solo. Com sua antena aberta ao mundo pop e as tendências da musica brasileira ela grava desde Roberto Carlos e Erasmo, passando por Sa, Rodrix e Guarabira e Antonio Marcos; até uma versão de “Ben” (Black/Share) sucesso mundial , em 72, na voz de, do então idolo-mirim, Michael Jackson.


As canções que você fez pra mim (Erasmo Carlos - Roberto Carlos)

Deixa rolar (Luis Carlos Sá - Guarabyra - Zé Rodrix)

Como vai você (Mário Marcos - Antônio Marcos)




ELZA SOARES

AQUARELA BRASILEIRA (1973)


Elza Soares, cantora carioca, nascida em 1935 numa favela do bairro de Agua Santa no Rio de Janeiro é dona de uma voz explosiva e rouca embalado por seu enérgico carisma.

Aos 18 anos Elza já era mãe de um filho de o8 anos de idade e se tornava viúva. Teve um começo de vida muito miserável o que decerto cunhou a capacidade dramática traduzida em seu canto. Ela começou sua carreira se destacando em shows de calouro em rádios do Rio de Janeiro em meados dos anos 50. Excurssionou pela Argentina com a cantora Mercedes Batista e fez sucesso com suas versões de samba canções e bossas adicionando o “scat” vocal como Louis Armstrong fazia.

Em 73 ela gravava “Aquarela Brasileira” o seu décimo terceiro album. Um disco repleto de suingue e samba no estilo inquieto, empolgante e envolvente de Elza.


Aquarela Brasileira (Silas de Oliveira)

Canoa Furada (Gisa Nogueira)

Solidão (Luis Roberto / Paulo Martini)


Um comentário:

pituco disse...

grande paul,

grandes bolachas, grandes cantoras...e apesar de me recordar de 'carmem costa' cantando 'ai, ai, ai...tá´chegando a hora'...não conhecia a estória da cantora...piramidal

o talento musical está por toda parte no brasil...basta abrirmos os ouvidos...e, óbvio, o coração...

é isso ái
abraçsons