19/03/2009

SAUDOSAS BOLACHAS _ edição especial

ADORÁVEIS CINQUENTÕES

Nasci em 1959. Portanto este ano, em julho, completarei 50 anos de idade. Para celebrar este momento da minha vida vou começar a postar eventualmente um disco bom e interessante que tenha sido gravado em 1959.
Para inaugurar esta coluna escolhi um disco do cantor e compositor baiano Dorival Caymmi (1914-2008).


DORIVAL CAYMMI
Caymmi e seu violão” (1959).

Em 1959 Dorival Caymmi já havia pego o Ita do Norte para ir no Rio morar. Este baiano filho de um musico amador, neto de italianos; durante a adolescência aprendera a tocar o violão e se afeiçoara em trabalhar em redações de jornais. Veio ao Rio em 1938, com 23 anos, para trabalhar e estudar. Trabalhou para os Diários Associados, porém seu violão fez mais sucesso assim como as suas composições que ele apresentava na noite carioca, na época dos cassinos. Ainda em 1938 se tornaria um sucesso através da voz de Carmem Miranda cantado “O Que É Que a Baiana Tem?”.
Dorival se tornou a partir de então um dos maiores compositores da canção brasileira; trazendo em sua musica a sensualidade, as cores, os amores e o mar da Bahia. Falar em Dorival Caymmi é ter que relembrar uma lista enorme de lindas canções imortalizadas nas mais lindas vozes do Brasil. Gal Costa, Maria Bethania, Elis Regina, Nana Caymmi (filha de Dorival) são algumas das interpretes importantes da musica de Caymmi, como : “Só Louco”; “Coqueiro de Itapoã”, “É Doce Morrer no Mar”, “Lá Vem a Baiana”, “Maracangalha”, “Marina”, “Modinha Para Gabriela”, “Nem Eu”, “No Tabuleiro da Baiana”, “O cantador”, “Oração a Mãe Menininha”, “Vatapá”; “Voce Ja Foi a Bahia?”.
Uma lista interminável de canções gravadas no inconsciente do Brasil, onde a voz suada e morena de Dorival ressoa ternamente.

Quando Caymmi gravou “Caymmi e seu violão” ele reuniu várias cancões que fez com um único tema: o mar.

É um disco conceitual, e um dos mais originais neste aspecto. São doze canções de um mesmo compositor, cantadas por ele acompanhado apenas por um violão que ele mesmo toca desfiando suas cantigas sobre o pescador, iemanjá, o vento e o mar.
O disco ““Caymmi e seu violão” é um tipo de disco que deve ser ouvido como uma degustação, ouvir o disco por completo numa tarde esquecida.

Escutem aqui e se deliciem ouvindo “É Doce Morrer no Mar” (Dorival Caymmi).

Dorival Caymmi - “É Doce Morrer no Mar”


3 comentários:

Anônimo disse...

pois este LP é meu disco de cabeceira!!! e é isso mesmo, Paul, são canções tão nossas que não parecem de autor, parecem simplesmente canções brasileiras...

Paul Constantinides disse...

q beleza Suzana.
agora fico imaginado vc cantado "O Mar"......
As musicas deste disco sao realmente simples e belas!

Anônimo disse...

Graaande Paul!Sei que tenho andado sumido mas nunca deixei de acompanhar o fantástico trabalho que vc desenvolve com o Muzamusica. Poucas vezes tive a oportunidade de ver um trablaho tão extenso ecompleto no âmbito cultural.Parabéns e vamos manter contato.Abraço,Joffre