18/11/2008

DIOGO BROWN O BAIXISTA DE NITEROI, DAQUI PRO MUNDO

Diogo Brown o baixista com muito groove que veio de Niterói, estará nesta próxima quinta-feira , 20 de Novembro, as 21hs., lançando o seu CD :” Daqui Pro Mundo”. Na descolada casa de Jazz Van Dyke Café, Lincoln Road , Miami Beach. (http://www.thevandykecafe.com/).

Diogo está radicado no Sul da Flórida há cerca de ano e meio. Tive o prazer de conhece-lo quase que recém-chegado aqui. Gente finíssima e músico surpreendentemente maduro apesar da pouca idade. Maturidade demonstrada em seu disco e que pode ser atestata ao vivo; quando ele se apresenta ocasionalmente na noite com seu grupo ou tocando com o Lanzallamas Monofónica, uma banda de jazz multicural interesantíssima (http://www.lanzamusica.com/).

Daqui Para o Mundo” é um disco cheio de qualidades e totalmente preenchido de boa música; a maioria, composições do baixista. É o tipo de cd q vc começa a ouvir e não para de escutar. São 12 faixas onde Diogo Brown nos conduz com sua energia musical que dedilha pelo sofisticado e pelas nuancias de improvisações que mesclam o samba, baião, salsa e funk. Puro Jazz.

Além do baixo de Diogo Brown, há no cd um elenco que reune 26 músicos e vários instrumentos como piano, sintentizador, guitarra, gaita, bateria, atabaque, cuíca, sitara, clarinete, trompete, saxofone e muito mais.

Ressalto a excelentíssima versão diogobrowniana do folclore nordestino : “ Mulher Rendeira”, a romântica “Samba de Nós Dois” com melodioso solo de baixo; e o resto, é como diz a introdução de “Ponte Rio Niterói”:

“Eu sou do Rio de Janeiro/, eu sou de Nikiti/, eu sou de Niterói/, lá tem groove o ano inteiro,/ é só voce saber chegar /então agora se prepara/ que a gente vai passar/ a ponte Rio Niterói/ então, é só deixar rolar.”

Neste fim de semana passado, Diogo Brow me concedeu uma pequena entrevista que segue abaixo:

P: Porque tocar baixo? Como surgiu esta paixão, o interesse pelo instrumento?
Diogo
: Eu tinha 13 anos estava numa festa de punk rock .Havia um baixo Gianini daqueles bem pesados que inclusive dava choque, gostei tanto que mesmo levando choque, fiquei horas tocando . Uma semana depois, comprei um baixo de 2 cordas por 10 reais. 4 anos mais tarde, entrei para a escola de Musica Villa Lobos , onde me formei após 5 anos de estudo.

P: Vc acredita que há uma tradição quanto a ser um baixista de Niteroi, tem ai uma certa "linhagem"?

Diogo :
Certamente! Faz uma total diferença até mesmo pro pessoal do Rio. Quando a gente diz..."Eu sou de Niterói" , automaticamente eles ja dizem: “Ih! O cara tem swing”. Nós da nova geração devemos isso a muitos músicos como por exemplo : Sérgio Mendes , Alex Malheiros (Azymuth) , Marcelo Martins , Arthur Maia , Luiz Alves, Chico Batera e vários outros.

P:. Conte-me um pouco sobre seu processo criativo. Suas musicas no CD, tem arranjos super elaborados e com uso de diferentes instrumentos. Como passa esta sua música do quarto da sua casa, do cantinho onde vc compoe, para o estúdio?
Diogo
: Geralmente 90% do processo criativo é feito no baixo. Depois passo para o papel como registro , então penso em que tipo de instrumento seria legal de ter naquela especifica faixa , então escrevo as melodias e a harmonia para cada um deles. Como a maioria das músicas foram criadas no baixo muitas vezes ele interage direto nas melodias, além dos grooves é claro!

P: Você se considera um musico de Jazz? Qual é a sua praia?
Diogo
: Eu diria que tenho muita influência do Jazz , pois ouço jazz desde dos meus 8 anos. Charlie Parker é o meu favorito .Também gosto muito do Funk dos anos 70, tipo, James Brown , Pleasure , Gap Band Funk Brothers e é claro muita música brasileira. Sou fanático por Elis Regina, Rosa Passos, Tom Jobim, Cartola e as coisas do folclore Brasileiro.

P: No CD vc gravou “Mulher Rendeira”. Qual foi a sua intenção em regravar uma canção antiga e tradicional?
Diogo : O Folclore Brasileiro me atrai muito. Gosto muito das nossas raizes como por exemplo o : coco, embolada, maracatu, baião, forró, xaxado e no caso do” mulé rendeira” eu havia pensado num arranjo bem diferente para contra baixo, pois essas músicas merecem ser trazidas a tona. São de uma enorme riqueza.

P: Porque vc saiu do Brasil e porque o Sul da Flórida?
Diogo:
Há 2 anos eu fui convidado a participar do “Brazilian Film Festival” em NY, onde conheci a minha atual esposa, que já vivia na Flórida há 12 anos. Então, nós decidimos ficar juntos e eu me mudei pros Estates com intuito de morar em NY. Mas me bastaram apenas alguns meses de Flórida pra decidir ficar , pois aqui além de ter o clima tropical , tem muita demanda de trabalho, o que é diferente lá em NY.

P: O que vc tem encontrado de bom por aqui em termos de música?
Diogo :
Muita coisa boa. Tenho tido muita sorte de tocar só com gente boa; como Sammy Figueroa, Rose Max e Ramatis , Brazilian Voices , Lanzallamas Monfonica e vários outros.

P: Para finalisar; conte-nos como vai ser o lancamento do “Daqui Para o Mundo” nesta quinta a noite?
Diogo
: Bem, para mim é uma honra poder realizar o lançamento do meu CD . Terei músicos de primeiríssima ao meu lado , além disso vamos ter as ilustres presenças de Rose Max e Ramatis , os quais eu considero meus primos musicais. Também teremos uma jam session no final que será surpresa...nem eu mesmo sei o que vai rolar hehehehe. O repertório foi pensado há 2 meses antes e está bem selecionado. Agora é só aparecer lá pra conferir de perto.

Link para Diogo Brown : (http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendID=127143748)

(fotos de PConstantinides/2008)

3 comentários:

Anônimo disse...

Paul

esse seu blog é muito legal. adoro as fotos, entrevistas ... e o eletric road !


abr
toninho

Anônimo disse...

Oi, Paul!


Legal o seu blog! Parabens!



Abracao,


Adriana Assemany

~ Kiko Menezes ~ Educação . Música . Yoga disse...

Parabéns pelo post do Diogo Brown
Esse é o cara! Desejo todo sucesso a ele, e recíproco a Paul.
Abraços
falacomkiko.blogspot.com