“Daqui Para o Mundo” é um disco cheio de qualidades e totalmente preenchido de boa música; a maioria, composições do baixista. É o tipo de cd q vc começa a ouvir e não para de escutar. São 12 faixas onde Diogo Brown nos conduz com sua energia musical que dedilha pelo sofisticado e pelas nuancias de improvisações que mesclam o samba, baião, salsa e funk. Puro Jazz.
Diogo : Eu tinha 13 anos estava numa festa de punk rock .Havia um baixo Gianini daqueles bem pesados que inclusive dava choque, gostei tanto que mesmo levando choque, fiquei horas tocando . Uma semana depois, comprei um baixo de 2 cordas por 10 reais. 4 anos mais tarde, entrei para a escola de Musica Villa Lobos , onde me formei após 5 anos de estudo.
P: Vc acredita que há uma tradição quanto a ser um baixista de Niteroi, tem ai uma certa "linhagem"?
Diogo : Certamente! Faz uma total diferença até mesmo pro pessoal do Rio. Quando a gente diz..."Eu sou de Niterói" , automaticamente eles ja dizem: “Ih! O cara tem swing”. Nós da nova geração devemos isso a muitos músicos como por exemplo : Sérgio Mendes , Alex Malheiros (Azymuth) , Marcelo Martins , Arthur Maia , Luiz Alves, Chico Batera e vários outros.
Diogo : Geralmente 90% do processo criativo é feito no baixo. Depois passo para o papel como registro , então penso em que tipo de instrumento seria legal de ter naquela especifica faixa , então escrevo as melodias e a harmonia para cada um deles. Como a maioria das músicas foram criadas no baixo muitas vezes ele interage direto nas melodias, além dos grooves é claro!
P: Você se considera um musico de Jazz? Qual é a sua praia?
Diogo : Eu diria que tenho muita influência do Jazz , pois ouço jazz desde dos meus 8 anos. Charlie Parker é o meu favorito .Também gosto muito do Funk dos anos 70, tipo, James Brown , Pleasure , Gap Band Funk Brothers e é claro muita música brasileira. Sou fanático por Elis Regina, Rosa Passos, Tom Jobim, Cartola e as coisas do folclore Brasileiro.
P: No CD vc gravou “Mulher Rendeira”. Qual foi a sua intenção em regravar uma canção antiga e tradicional?
Diogo : O Folclore Brasileiro me atrai muito. Gosto muito das nossas raizes como por exemplo o : coco, embolada, maracatu, baião, forró, xaxado e no caso do” mulé rendeira” eu havia pensado num arranjo bem diferente para contra baixo, pois essas músicas merecem ser trazidas a tona. São de uma enorme riqueza.
Diogo: Há 2 anos eu fui convidado a participar do “Brazilian Film Festival” em NY, onde conheci a minha atual esposa, que já vivia na Flórida há 12 anos. Então, nós decidimos ficar juntos e eu me mudei pros Estates com intuito de morar em NY. Mas me bastaram apenas alguns meses de Flórida pra decidir ficar , pois aqui além de ter o clima tropical , tem muita demanda de trabalho, o que é diferente lá em NY.
P: O que vc tem encontrado de bom por aqui em termos de música?
Diogo : Muita coisa boa. Tenho tido muita sorte de tocar só com gente boa; como Sammy Figueroa, Rose Max e Ramatis , Brazilian Voices , Lanzallamas Monfonica e vários outros.
P: Para finalisar; conte-nos como vai ser o lancamento do “Daqui Para o Mundo” nesta quinta a noite?
Diogo: Bem, para mim é uma honra poder realizar o lançamento do meu CD . Terei músicos de primeiríssima ao meu lado , além disso vamos ter as ilustres presenças de Rose Max e Ramatis , os quais eu considero meus primos musicais. Também teremos uma jam session no final que será surpresa...nem eu mesmo sei o que vai rolar hehehehe. O repertório foi pensado há 2 meses antes e está bem selecionado. Agora é só aparecer lá pra conferir de perto.
(fotos de PConstantinides/2008)
3 comentários:
Paul
esse seu blog é muito legal. adoro as fotos, entrevistas ... e o eletric road !
abr
toninho
Oi, Paul!
Legal o seu blog! Parabens!
Abracao,
Adriana Assemany
Parabéns pelo post do Diogo Brown
Esse é o cara! Desejo todo sucesso a ele, e recíproco a Paul.
Abraços
falacomkiko.blogspot.com
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