27/04/2010

Saudosas Bolachas (10/1973)

o samba e sua excelência...


ROBERTO SILVA
SAUDADE EM FORMA DE SAMBA (1973)

Cantor de samba, nascido em 1930, conhecido como princide do samba nos anos 40, ficou famoso pelo estilo indolente e sincopado de suas interpretações, notadamente inspirado em Orlando Silva e Cyro Monteiro.
Entre os anos 30, 40 e 50 Roberto chegou a gravar 350 canções em 78 rotações e 20 Lps. Afastado do mundo musical desde o inicio dos anos 60, em 1973 foi lançado um belo album com coletânea de várias gravações deste gracioso e excelente cantor.
Sambista da primeira hora, rememorado oportunamente em 73.

Saudade dela (Ataulfo Alves)

Maria Tereza (Altamiro Carrilho)

Morena boca de ouro (Ary Barroso)




EDUARDO GUDIN
EDUARDO GUDIN (1973)


Violinista talentoso, Eduardo Gudin (cantor e compositor paulistano) aos 16 anos já tocava com Elis Regina no Fino da Bossa, em 66. Já em 68 participa do Festival da Record e classifica-se para a fase final com “Choro do Amor Vivido” (Walter Carvalho/Eduardo Gudin), com arranjos de Hermeto Paschoal.
Dedicado a estudos musicais e acompanhando artistas renomados no inicio de sua carreira, foi apenas em 73 que ele conseguiu gravar seu primeiro album.
Com composições próprias e revelando-se um sambista passional e encantador, supõe-se que tenha sofrido resistências por ser um sambista de São Paulo.
Neste disco Eduardo Gudin traz parcerias com Paulo Cesar Pinheiro e o apoio vocal da cantora Jane Moraes.
Como a bela capa do disco, é samba de roda em mesa de bar.

A Velhice da Porta-Bandeira ( Eduardo Gudin - Paulo Cesar Pinheiro)

E la´ se Vao Meus Aneis ( Eduardo Gudin - Paulo Cesar Pinheiro)

Deixa Teu Mal (Eduardo Gudin - Paulo Cesar Pinheiro)




MARTINHO DA VILA
PELO TELEFONE (1973)


Em 1973, Martinho da Vila, cantor e compositor de samba carioca que surgira em 69 já chegava ao seu quinto album. A esta altura já trazia alguns sucessos na bagagem como “O Pequeno Burgues”, “Pra Que Dinheiro” e “Quem É Do Mar Não Enjoa”’. Também, fazia com bastante desenvolturasambas com leve escracho, bastante sensualidade, balanço e de grande alcance popular.
Neste período Martinho estava pavimentando a base do fato de ser hoje um dos sambistas de grande prestigio no Brasil.
Em “Pelo Telefone” Martinho resgata o que é considerado o primeiro samba feito na história; “Pelo Telefone” de Mauro de Almeida e Donga.
Traz ainda um samba de rápida identificação “Não Chora Meu Amor Não Chora” e ainda, uma inédita do então principiante compositor, João Nogueira (Beto Navalha).

Não chora, meu amor (Martinho da Vila)

Pelo telefone (Mauro de Almeida - Donga)

Beto Navalha (João Nogueira)




PAULINHO DA VIOLA
NERVOS DE AÇO (1973)

Paulinho da Viola , em 1973, já era um respeitado compositor apreciado pela MPB sendo um sambista da gema. Com gravações desde 1965 , com o sucesso das gravações com Elton Medeiros
(Rosa de Ouro/Roda de Samba), com o estrondoso sucesso de “Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida” e ainda, depois de dois álbuns gravados e lançados em 71; e o sucesso de “Dança da Solidão” em 72. Em 73 Paulinho faz um disco intimista e dolorido. Canções esculpidas com tamanha crueza, que sabiamente são coroadas com a bela versão de um clássico de Lupicinio Rodrigues “Nervos de Aço”.
“Você sabe o que é meu senhor
Ter amor por uma mulher
E vê-la nos braços de um outro qualquer?”

Comprimido (Paulinho da Viola)

Nervos de Aço (Lupicínio Rodrigues)

Cidade Submersa (Paulinho da Viola)




JAIR RODRIGUES
ORGULHO DE UM SAMBISTA (1973)


O cantor paulista Jair Rodrigues em 1973 consolidava a sua carreira solo, após passar grande parte dos anos 60 cantando e apresentando-se em dueto com Elis Regina no programa O Fino da Bossa.
Agraciado com o sucesso de Disparada (Geraldo Vandre/Theo de Barros) em 66, desde então Jair Rodrigues identificou-se como um cantor vigoroso e versátil. Cantando sambas, jazz e ainda musica regional e sertaneja.
Em 73 Jair já gravava o décimo quinto album de sua carreira, destes, 03 gravados com Elis Regina). “Orgulho de Um Sambista” traz o cantor vibrante e envolvente com o belo samba-enredo “TemCapoeira”(Batista da Mangueira), traz a interessante versão de “O Menino da Porteira”(Teddy Vieira/Luisinho) e sambas interpretados por um cantor singular.

Sou da Madrugada (Gilson de Souza / Wando)

Tem Capoeira (Batista da Mangueira)

Orgulho de Um Sambista (Gilson de Souza)

4 comentários:

pituco disse...

paul,

postagem piramidal...sambistas modernos e essenciais...som de bambas.

paulinho da viola, putz...martinho da vila...o jairzão cantando tudo...roberto silva e o grande gudin...aliás, companheiro de um pé-sujo fim de noite, esquina da r.cônego com a arthur de azevedo, pinheiros, sampa...muito antes do 'vou vivendo'(pedroso de moraes)...

gudin talvez tenha composto um dos sambas mais bonitos que já ouvi...'verde'

abraçsons com lembranças juvenis...rs

pituco disse...

paul,

creio que a foto da capa do gudin seja o 'bar do alemão', ali atrás do parque antártica, será?

abraçsons

Érico Cordeiro disse...

É isso aí, Mr. Paul!
Piramidal mesmo. E o Gudin é um cracaço - passo a admirá-lo ainda mais, agora que sei que é amigo do nosso embaixador no Oriente!
Sambistas de primeira, com o elegante Paulinho fazendo um dos seus discos mais introspectivos e belos!
Valeu!

Paul Constantinides disse...

pituco obrigado pelo comentário.
acho q a capa do gudin foi feita mesmo neste bar q vc citou.

martinho, jairzao, paulinho e gudin são belos sambistas sem duvida.

erico é isto ai! piramidal mesmo.
abs
e
obrigado

paul