saudosas bolachas (22/1973

Uma onda retrô num ano pós-tropicalista

Em 1973 dois compositores apresentavam sua obra pela primeira vez.
Cesar Costa Filho com o “Sambas Viverão” e Carlos Penha com “Bombalanço em Bossa Nova”
Cesar Costa Filho com “Os Sambas Viverão” reconta, com composições próprias e arranjos simples, os sambas de morro dos anos 50
Carlos Penha emerge da tendência musical modernizante de então, destacando-se no purismo acústico da Bossa Nova.


CARLOS PENHA
“BOMBALANÇO EM BOSSA NOVA”(1973)

Em 1973 o desconhecido Carlos Penha grava pela Beverly/Copacabana, um disco com arranjos discretos e bem executados, liderados por sua voz, por vezes johnnyalfiniana e ainda, original.
São dozes musicas de curta duração, de autores pouco notados e bem ao estilo dos primórdios da Bossa Nova, com no máximo dois minutos e poucos de duração.
O teclado elétrico presente em quase todas as canções são os vínculos com a década de 70, a temática ligada as cantos afro bahianos, a natureza e a solidão são outros quinhentos.

“Bombalanço” (Ed Severo)

“Cobrança” (Pery Pereira)

“Fim de Estrada” (Pery Pereira)



CESAR COSTA FILHO
“OS SAMBAS VIVERÃO”(1973)

Nascido na Vila Isabel, Cesar Costa Filho se destacou durante o período dos festivais universitários dos anos 60. Teve canção defendida por Maria Creuza que levou a terceira colocação na segunda edição do Festival em 69. No mesmo ano ganhou a quinta colocação no IV FIC da TV Globo, com “Visão Geral” defendida por Clara Nunes.
Em 1973, depois de ter gravado quatro compactos simples, Cesar consegue gravar o seu primeiro album. Nele traz uma forte influência dos sambas de morro dos anos 50, em outra parte mergulha em arranjos de sopro que caracterizam um tendência musical daquela época. Seu forte era o samba. E isto fica patente neste disco.

“Anastácio-Samba Enredo Para um Sambista Morto” (Cesar Costa Filho)

“Bilhete Pra Bem Longe” (Cesar Costa Fiho)

“Otelo João” (Cesar Costa Filho)